A crise econômica gerada pela pandemia da COVID19 já é considerada uma das mais graves dos últimos tempos, talvez a maior experimentada pelo Brasil.
Um dos gastos mais necessários do momento é a manutenção do plano de saúde, considerado agora item extremamente essencial. Mas como manter o plano de saúde com mensalidades cada vez mais altas?
Embora a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tenha suspendido os reajustes de 2020 para todas as modalidades de planos (individuais, empresariais ou coletivos), fato é que uma hora o reajuste virá e atingirá em cheio todos os contratantes.
E isso já está acontecendo.
Diversos consumidores já começaram a perceber mensalidades com reajustes de 15% a 20%.
Como pode então o beneficiário de planos de saúde evitar aumentos totalmente dissonantes da atual realizada brasileira?
Listamos aqui três alternativas para o consumidor:
1) Converse administrativamente com a operadora para tentar migrar de apólice: alguns casos é possível conseguir a migração de plano, sem cumprimento de novas carências, para uma outra apólice mais acessível. Converse com a operadora para analisar planos compatíveis com a rede de cobertura, ou mesmo planos que tenham a modalidade de pagamento através de coparticipação – o que costuma reduzir o valor da mensalidade entre 10% a 15%.
2) Solicite o downgrade judicialmente: alguns consumidores estão há anos vinculados a planos de saúde de categoria executiva ou especial, sem sequer utilizar os serviços contratados, mas, em contrapartida, pagam caro apenas para ter acesso a tais serviços. Com o pedido de downgrade o consumidor pode escolher ficar na mesma apólice, utilizar o mesmo contrato (sem cumprir novas carências ou mudar de plano) e apenas migrar para uma rede de cobertura mais simples ou limitada – o que corresponde a um desconto de até 40% no valor da mensalidade. Infelizmente muitas operadoras negam esse pedido e é aí que entra o Poder Judiciário, pois através de uma liminar é possível conseguir o downgrade rapidamente.
3) Ingresse com uma ação revisional na Justiça: a última alternativa é pedir na Justiça a revisão dos valores da mensalidade cobrados, com uma equiparação de reajuste através dos índices oficiais da ANS para planos individuais. Os planos coletivos ou empresariais não tem o reajuste controlado pela ANS e isso leva as operadoras a praticar aumentos abusivos, o que inviabiliza a manutenção da contratação. A revisão judicial pode reduzir bastante o valor da mensalidade – até 50% do valor – e o consumido ainda pode receber de volta os valores pagos a mais indevidamente nos últimos 03 anos, com juros e correção monetária.
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